O Congresso Nacional do Brasil abriu na terça-feira uma nova investigação sobre a manipulação de resultados de jogos de futebol do país, um ano após uma investigação que resultou na acusação de 26 pessoas, incluindo jogadores.


O Senado, a casa alta do Congresso brasileiro, iniciou a investigação após um pedido feito na semana passada pelo senador Romário de Souza Faria, ex-jogador de futebol e vencedor da Copa do Mundo de 1994.

Uma investigação semelhante na Câmara dos Deputados, a casa baixa do parlamento brasileiro, foi encerrada há seis meses sem a aprovação de um relatório final.

Romário afirmou que o inquérito do Senado deve utilizar como base um relatório recente publicado pela empresa de tecnologia SportRadar, que colocou sob suspeita de manipulação de resultados 109 partidas disputadas no Brasil em 2023.

A investigação, conduzida pelo Ministério Público do estado de Goiás, no centro do Brasil, ainda está em andamento, mas já resultou na acusação de 26 pessoas, incluindo jogadores, empresários e dirigentes de clubes.

Os promotores alegam que jogadores das duas principais divisões do futebol brasileiro teriam recebido até US$ 20 mil (R$ 18.300) de sindicatos criminosos para realizar ações específicas durante as partidas, como receber cartões amarelos e conceder pênaltis.

Vários jogadores acusados de envolvimento no esquema foram suspensos.

O promotor responsável pelo caso, Fernando Cesconetto, disse à agência de notícias Associated Press em maio que encontrou evidências de irregularidades cometidas por jogadores fora do Brasil.

Cesconetto afirmou que o caso de Max Alves, jogador do Colorado Rapids, da principal divisão do futebol norte-americano, que foi mencionado na investigação, pode ser alvo de investigação nos Estados Unidos.